No Seminário 20, Lacan é preciso: “falar de amor, com efeito, não se faz outra coisa no discurso analítico.”
Aqui não se trata do amor romântico, de complenitude, de fazer Um - mas de acreditar que o parceiro do amor pode lhe dizer alguma coisa: "Aquele em quem eu suponho um saber, eu o amo." (Lacan).
A transferência - relação de um analisante e analista - é uma crença que se fundamenta no amor. Consideramos este amor como um instrumento para produzir um saber sobre a verdade do sintoma.
Poder acreditar que o sintoma quer dizer alguma coisa, elevando-o à função de enigma, endereçando-o ao analista: eis o correlato da transferência.
E acreditar que o sintoma pode lhe dizer algo, em uma análise, é a condição de sua decifração.
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